sábado, 29 de julho de 2017

1976 - 2112

Eu fico acordado, olhando para a frieza de Megadon. Cidade e céu se tornam um, fundindo-se em um único plano, um vasto mar de contínuo cinza. As Luas Gêmeas, apenas duas esferas pálidas que traçam seus caminhos pelo céu de aço. Achava que tinha uma vida muito boa aqui, conectando minha máquina durante o dia, depois assistindo Templovisão ou lendo um Templo Jornal à noite. Meu amigo Jon sempre disse que era melhor aqui do que sob as cúpulas das atmosferas dos Planetas Exteriores. Tivemos paz desde 2062, quando os planetas sobreviventes foram unidos sob a Estrela Vermelha da Federação Solar. O menos afortunado nos deu algumas luas novas. Acreditei no que me contaram. Achei que era uma vida boa, achei que era feliz. Então encontrei algo que mudou tudo isso... - Anônimo, 2112

2112 (pronunciado twenty-one twelve) é o quarto álbum de estúdio do Rush, lançado no ano de 1976. Tido por muitos como uma das maiores obras da história do rock progressivo, ele consolida de vez o nome do power-trio canadense como uma das grandes bandas do rock de todos os tempos. Após a saída amistosa de Rutsey, Lee e Lifeson juntam-se ao baterista e letrista Neil Peart. A influência de Peart foi crucial para a banda, que apresentava nos trabalhos seguintes (Fly By Night e Caress Of Steel, ambos de 1975) uma gradual mudança de rumos, com composições mais longas e elaboradas. Porém, mesmo já destilando trabalhos de altíssima qualidade lírica e musical, a banda não havia ainda conseguido emplacar em definitivo até a concepção de 2112.


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