terça-feira, 29 de maio de 2018

2013 - If You Have Ghost (EP)

Primeiro EP do Ghost, lançado oficialmente no dia 20 de novembro pelo selo Republic Records, contém 5 cantigas deliciosas, sendo 4 faixas dedicadas a covers de outras bandas. E que covers!, esses caras são demais. O EP foi produzido por Dave Grohl, fã da banda, que se ofereceu para ajudar com os trabalhos em estúdio. Enfim, ouçam esta maravilha!


sexta-feira, 25 de maio de 2018

Ghost

Que Comece a Missa!


Ghost é uma banda sueca de heavy metal formada em 2008 na cidade de Linköping. O estilo da banda mistura doom metal, heavy metal tradicional, rock psicodélico típico dos anos 70, somado ao rock alternativo mais moderno. As letras das músicas são, em sua maioria, de cunho satanista - porém de forma teatral, o que contrasta com a sensibilidade pop e os vocais limpos que permeiam as canções. Os teclados vintage e a produção muito limpa, sem exageros de compressão, fazem os álbuns soarem inteiramente analógicos e também remeterem à década de 70.

Os membros da banda são anônimos, apesar de fortes especulações sobre a identidade dos mesmos apontarem para músicos de bandas suecas extintas. As apresentações do sexteto trazem uma atmosfera cênica inspirada em rituais satânicos e filmes de terror clássicos, com todos os membros caracterizados como sacerdotes em uma missa negra. O vocalista adentra o palco vestido como um pontífice e carregando um turíbulo utilizado nas litanias católicas.


Disco:

O som é orgânico, vivo, pulsante. O peso não está somente nas guitarras, mas sobretudo na atomosfera das composições. O vocalista Papa Emeritus não grita, não distorce a sua voz, apenas canta de forma limpa, explorando falsetes que remetem a King Diamond. Os guitarristas despejam riffs e solos na melhor escola do metal clássico, enquanto o tecladista é o principal responsável por dar um clima único às faixas com o seu instrumento, fazendo as composições, todas com letras claramente satânicas, soarem com um clima religioso instigante.

Com apenas nove faixas e mais uma faixa-bônus, Opus Eponymous é um disco inesperado, que entrega uma surpresa agradável a cada composição. Na contramão das generosas doses de agressividade e rapidez que assolam o heavy metal atual, traz uma sonoridade rica em climas, o que torna a sua audição próxima a uma experiência sensorial. Os maiores destaque estão em faixas como “Con Clavi Con Dio”, a excelente e já hit “Ritual”, a ótima “Elizabeth” - dedicada à Condessa Elizabeth Bathory -, “Stand by Him”, “Prime Mover” e a admirável instrumental “Genesis”, que encerra o álbum de maneira perfeita.


quarta-feira, 9 de maio de 2018

HEIRISIX

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Se você é um grande fã de games como eu, não deixe de conhecer e principalmente ouvir esse maravilhoso projeto chamado: HEIRISIX, é uma empreitada dentro do gênero de música eletrônica chamado Synthwave, uma aventura musical dentro da cultura pop dos anos 80 e 90. EP com 5 cantigas que vão deixar você maravilhados de tanta nostalgia.

 Ouçam aqui!

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Cheatahs


Bastante influenciados pela sonoridade de início dos anos 90, da cena shoegazer e do indie rock norte-americano, tipo Dinossaur Jr, o quarteto inglês Cheatahs vem lançando singles, EPs e um álbuns desde 2009.

Formada nos meados de 2009 por Nathan Hewitt (Vocais, Guitarra), James Wignall (Guiatrras, Sintetizadores), Dean Reid (Baixo) e Marc Raue (Bateria). O som desenvolvido  pelo grupo segue a tendência inglesa do início dos anos 90, onde bandas exploravam sonoridades estranhas permeadas por guitarras ruidosas e muita distorção e reverb, o que posteriormente a mídia musical chamaria de Shoegaze. Este movimento que se destacara apenas na transição dos anos 80 para o 90 teve grandes influencias para o rock alternativo, por mais que as bandas que foram responsáveis pelo seu surgimento (como My Bloody Valentine, Swervedriver, Slowdive, dentre outras) não terem ido muito além do ano de 1996. Aproveitando estas influencias, o Cheatahs traz de volta este som da década retrasada e o coloca com uma roupagem moderna e viva. Os elementos do shoegaze inglês que foram sendo diluídos na música alternativa no início dos anos 2000 são apresentados pelo quarteto de forma condensada e madura.

De 2009 a 2012 o grupo lançou em torno de três EPs, ensaiando a gravação de seu debut em 2014 que leva o nome da banda. Estes trabalhos anteriores à gravação do álbum demonstravam o direcionamento musical que a banda pretendia seguir e escancarava a influência pesada de Swervedrive e Dinosaur Jr. Quando surgira o álbum de estreia, a banda apresentara um som consistente, no qual entusiastas de bandas dos anos 90 poderiam encontrar conforto e vontade de pôr o volume no máximo.

Após um bom álbum de estreia, a banda se concentrou logo na gravação de um próximo EP junto aos shows de divulgação e surpreendentemente, no ano seguinte foram gravados dois trabalhos compostos por quatro faixas cada, Sunna e Murasaki. O primeiro EP demonstrava uma fase de transição entre guitarras diretas para guitarras mescladas à experimentações eletrônicas, o que se consolidou no segundo EP. O nome deste é inspirado em uma escritora japonesa — Murasaki Shikbu — rende uma certa curiosidade, visto que o cenário musical japonês de rock alternativo é um grande entusiasta da opressão sonora do Shoegaze; Talvez esta imagem faça um pouco mais sentido se recordarmos do filme Encontros e Desencontros (2003) de Sofia Coppola, que conta com a trilha sonora composta por Kevin Shields, guitarrista do My Bloody Valentine.

Ao final de 2015 outro álbum surgira, Mythologies. Neste trabalho de cara podemos perceber um direcionamento menos agressivo em relação ao primeiro álbum. Aqui o rock diretamente expresso pelo grupo se converte em algo mais experimental e direcionado à criação de camadas sonoras por meio de sintetizadores e efeitos de órgão nas guitarras. Outra influência discreta perceptível vem da Neo-Psychedelia vista em bandas como Temples e Tame Impala, isto é notado principalmente no Single deste álbum “Seven Sisters”. Neste segundo trabalho o Cheatahs se mostra uma força criativa dentro do rock inglês e que não pretende viver à sombra de suas influencias, mas explorar musicalmente suas possibilidades.

No início de 2016, ao fim da turnê do álbum recém lançado, Nathan Hewitt decidiu dar um tempo da banda, deixando o futuro do Cheatahs incerto por um ano e meio, quando ele anunciou um novo projeto chamado Hypnotic Kingdom e lançou um single no início de agosto de 2017. O quanto isto indica sobre o futuro do Cheatahs ainda é cedo para dizer, mas com certeza ainda é uma banda que vale a pena conferir.

Discos:

2012 - Extended Plays


O álbum de estreia de Cheatahs, é na verdade uma compilação de dois EP's que a banda lançou. Vamos fazer um ótimo coquetel de rock - pegue duas partes de shoegaze agressivo, uma parte dos anos 90 guitar god alternative rock (pense em Dinosaur Jr. e Sugar) e mexa com pedaços sólidos de puro pop. Vamos chamá-lo de Extended Plays e atribuí-lo aos Cheatahs de Londres . O resultado é excitante e refrescante, e mais do que um pouco barulhento. Vamos avisá-lo que você provavelmente vai querer outro.
2014 - Cheatahs

Primeiro álbum trazendo uma sonoridade que remete aos anos 90 em facetas diversas: Dinosaur Jr., Ride, Boo Radleys e, por instantes, My Bloody Valentine; com guitarras geralmente saturadas e rápidas e vocais indolentes. No currículo, além dos discos lançados, abertura para bandas como Veronica Falls e Dinosaur Jr. De pronto se constata que a ideia que norteia a sonoridade do grupo é unir melodia e barulho. O resultado tanto pode se aproximar do noise-pop, do dreampop, ou mesmo do rock alternativo americano. O ponto de interseção de tudo isso está nos riffs de guitarra, pedra angular nas composições da banda. Que não se tome isso como demérito, mas pode-se pegar quatro faixas como exemplo, as outras são variações dessas ideias: “Geographic” (das melhores faixas do álbum) é rápida, com guitarras sujas e baixo distorcido, que por momentos desejam explodir num inferninho noise; enquanto “Northern Exposure” tem aqueles riffs rápidos e entupidos de fuzz do barulhento J. Mascis, que tenta encaixar no meio da zoeira alguma melodia; “Mission Creep” segue um andamento menos acelerado mas não menos barulhento, intercalando passagens tranquilas com intensidade guitarrística; por fim, a massa sonora “descompassada” de “IV”, com uma profusão de guitarras preguiçosas unidas a um vocal não menos sonolento. O álbum sai oficialmente no dia 14 de fevereiro pelo pequeno selo Wichita Recordings, lar de nomes um tanto conhecidos da cena musical alternativa: Best Coasts, Cloud Nothings, Los Campesinos!, The Dodos, The Cribs, Simian Mobile Disco.


2015 - Mythologies

“Mythologies” é o segundo disco do Cheatahs, depois do ótimo disco homônimo de estreia, lançado em 2014. Vem logo depois do EP “Murasaki”, de 2015. De acordo com a banda, o nome do disco foi tirado de uma coleção de ensaios, de 1957, de Roland Barthes, sobre semiótica e mitos do cotidiano da sociedade francesa. “Pra Barthes, o mito é uma forma de fala, despolitizada, produzida pela conotação. É uma distorção, deformação da realidade, ideologia”, escreveu o jornalista e mestre em comunicação Alexander Goulart, em 2006, pro Observatório da Imprensa. De distorções, o Cheatahs entende. Mas as treze músicas aqui, todas produzidas pela banda, apresentam uma variedade em relação aos trabalhos anteriores no uso dos pedais e chiados. O álbum foi gravado em vários lugares em Londres, incluindo um vizinho do núcleo anti-terrorista do MI5 nos anos sessenta, com vista pro Tâmisa, e isso influenciou o resultado. ” Nós nos sentimos muito nômade e a sensação de liberdade nos inspirou a experimentar”, diz a banda no texto de apresentação do disco.



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terça-feira, 1 de maio de 2018

1992 - Your Arsenal

É aqui que efetivamente começa a carreira solo de Morrissey, e três pessoas merecem crédito: os guitarristas Alain Whyte e Boz Boorer, egressos da cena rockabilly britânica, e o produtor Mick Ronson, guitarrista que acompanhou David Bowie entre 1970 e 1973 (e gravou os álbuns “The Man Who Sold the World”, 1970; “Hunky Dory”, 1971; “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and Spiders from Mars”, 1972; “Aladdin Sane” e “Pin Ups”, 1973). 

Alain Whyte assina oito das dez canções do disco (as outras duas ainda são frutos/sobras da parceria do cantor com Mark E. Nevin) e Mick Ronson coloca as guitarras no talo já na abertura porrada com a cínica “You’re Gonna Need Someone on Your Side” (“Alguém me contou que você desperdiçou oito das suas nove vidas / Você vai precisar de alguém ao seu lado / E aqui estou eu / Bom, você não precisa parecer tão agradecido”) e as guitarras permanecem apitando em “Glamorous Glue”, que crava “Londres está morta”. 

“We’ll Let You Know” começa baladinha e cresce até as guitarras voltarem a apitar e causou alvoroço por soar uma defesa dos hooligans britânicos assim como “The National Front Disco” também fez barulho por contar a história de David, um jovem que se afastou dos amigos e da família para se juntar à Frente Nacional, uma organização de extrema-direita que só aceita brancos e prega “Uma Inglaterra para ingleses” (o refrão da música). A coisa toda suaviza na batidinha sixtie de “Certain People I Know” (“Eu confio nas opiniões de certas pessoas que eu conheço / Elas olham para o perigo e caem na gargalhada”) e no primeiro single do álbum, a auto-explicativa “We Hate It When Our Friends Become Successful”. 

A divertida “You’re the One for Me, Fatty” (uma piada com Chas Smash, vocalista do Madness) também foi single e “I Know It’s Gonna Happen Someday” foi regravada por David Bowie no álbum “Black Tie White Noise”. Um baita disco de rock and roll.


1991 - Kill Uncle

Segundo álbum solo de Morrissey, “Kill Uncle” explicita a paixão do cantor pelo rockabilly e pelo rock and roll dos anos 50, mas é um disco de transição em sua carreira. Ele havia rompido a parceria com Stephen Street (que o acompanhara desde “Strangeways, Here We Come”, o último disco dos Smiths) e Vini Reilly, e ainda não tinha encontrado seus futuros parceiros. 

O baterista Andrew Parisi, que gravou “Viva Hate”, segue o acompanhando, e Morrissey assina quase todas as canções em parceria com o guitarrista Mark E. Nevin (da banda escocesa Fairground Attraction), mas a produção dividida entre Clive Langer e Alan Winstanley não consegue dar consistência ao álbum (com uso excessivo de teclados), o que de certa forma explica a frieza com que o disco foi recebido. A imprensa inglesa chegou a cogitar o fim da carreira do cantor. 

Ainda assim, “Kill Uncle” guarda um belo single, “Sing Your Life”, conduzido por bateria, baixo, teclados e Morrissey intimando: “Cante sua vida: qualquer idiota consegue pensar em palavras que rimam”. Há ainda bons momentos em “Our Frank”, “Found Found Found” e nas três climáticas faixas de encerramento: “The Harsh Truth of the Camera Eye” (“Eu não quero ser julgado, eu quero ser amado”), “(I’m) The End of the Family Line” (“Nossa árvore genealógica atingiu o declínio”) e “There’s A Place In Hell For Me And My Friends” (“Há um lugar no inferno reservado para mim e meus amigos / E se alguma vez eu quiser apenas chorar / eu vou chorar / porque eu posso”), mas Morrissey podia mais. Só precisava encontrar as pessoas certas…


2018 - El Rapto

Pra iniciar nossos downloads da forma mais linda possível, vamos com o novo disco da CORA:

Deitada sob uma reflexividade particular, a sonoridade experimental da Cora retorna de cara nova em El Rapto, disco de estreia do trio curitibano lançado pela PWR Records com exclusividade via Rolling Stone Brasil. Disponível nas principais plataformas digitais, o álbum traz nove faixas autorais, produzidas por Leonardo Gumiero e captadas durante os meses de Dezembro/2017 a Abril/2018 em seu próprio estúdio, em Curitiba (PR). El Rapto também ganhará versões físicas, nos formatos CD e K7.Integrada por Kaíla Pelisser (sintetizador, voz e drum machine) e Katherine Zander (guitarra, voz, beats digitais e sintetizador), a banda também teve colaborações de Lorenzo Molossi (bateria e drum machine), Lui Bueno (guitarra e voz) e do próprio Gumiero, que tocou instrumentos como baixo, sintetizador, beats digitais e cítara...