sexta-feira, 17 de novembro de 2017

1984 - Back To The Known (EP)

Bom, pra dar continuidade na discografia do Bad Religion, a próxima bolacha que irei postar pra vocês é o EP lindão de 1984-85, intitulado de "Back To The Known". Então, o Bad Religion precisou apenas de 5 músicas, dividas em pouco mais de 10 minutos, pra provar pra si mesmo que o seu negócio era (e ainda é, e sempre será) o Punk Rock! Originalmente com músicas prensadas apenas no lado B do vinil de 12 polegadas (pra dar mais impacto no ouvinte), o EP “Back to the Known” trouxe um pouco de esperança e vida ao desgastado cenário punk americano de 1985, que na época estava bem divido com brigas e tumultos dividindo os shows.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

1983 - Into The Unknown

Pra aproveitar esse feriado morgadaço hahaha trago pra vocês esse disco que é a cara desse feriado triste rsrs!!! Com vocês Into The Unknown de 1983, que na minha opinião com certeza não é um disco massa do Bad Religion, mas vale ressaltar que ainda se salvam 2 sons (na minha opinião claro rsrs), são os seguintes sons: chasing the wild goose & billy gnosis.


domingo, 12 de novembro de 2017

1982 - How Could Hell Be Any Worse?

Financiado por um empréstimo de mil dólares feito pelo pai do guitarrista Brett Gurewitz, “How Could Hell be Any Worse?” foi lançado em 19 de janeiro de 1982, quase um ano depois da estreia da banda com o EP homônimo também pela gravadora Epitaph Records. E, nesse um ano de “corre”, o Bad Religion, mesmo sem ainda não conseguir atingir o status de “lenda”, pelo menos mostrou que já sabia os caminhos que queria traçar musicalmente. 

Punk até a alma, a banda manteve o esquema DIY (do-it-yourself) de produção e, como era de se esperar de uma 2ª experiência em estúdio, não houve grandes evoluções em termos de timbres em “HCHBAW”, lembrando bastante o som que a banda tirou no EP de estreia. Mesmo assim, Greg Graffin e Brett Gurewitz mostraram alguma evolução na composição e a algumas músicas contidas nesse play podem ser consideradas o “protótipo” do estilo “Punk Melódico”, que consagrou a banda no decorrer de sua carreira, como a rápida “Pity”, por exemplo. “How Could Hell Be Any Worse?” foi gravado no Track Record Studios, em North Hollywood, Califórnia (EUA), entre outubro e novembro de 1980 e janeiro de 1981. 

Na primeira sessão, a banda ainda contava com o baterista Jay Ziskrout, que gravou o 1º EP, mas no segundo período de gravação, ele já havia sido substituído por Pete Finestone, batera que permaneceu no Bad Religion até 1991. Ziskrout havia deixado 8 faixas gravadas, sendo que Pete acabou registrando apenas 6, das 14 que compõem o disco, que também contou com a participação do guitarrista Greg Hetson, fazendo um solo como convidado na música “Part III”. Na época, Hetson integrava o lendário Circle Jerks, mas, dizem as lendas, que após gravar sua participação no disco, ele nunca mais saiu do Bad Religion (até 2013)! 

Para surpresa da banda, o trabalho vendeu cerca de 10 mil cópias logo no primeiro ano e faixas como “We’re Only Gonna Die” e “Fuck Armageddon... This is Hell” se tornaram os primeiros “clássicos” da carreira dos californianos. “We’re Only Gonna Die”, inclusive, com sua letra sucinta de apenas 4 versos e um “tapão na cara”, foi coverizada mais tarde pelos nova-iorquinos do “Hardcore Pula-Pula” do Biohazard, no disco “Urban Discipline”, de 1992. Já a “Fuck Armageddon...” nunca mais saiu do set list dos shows do grupo, com seu riff cortante e sua paradinha mortal no meio! A composição continuava dividida entre o vocalista Greg Graffin e o guitarrista Mr. Brett, mas o baixista Jay Bentley também contribuiu com 2 músicas bem marcantes: “Part III”, com seu riff de baixo e seus vários solos de guitarra espalhados pela música (um contra-ponto na cultura Punk), e o “discurso-musicalizado” “Voice of God is Government”. Finalizando....Rápido, cru, e direto sem frescuras.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

1981 - Bad Religion EP

O que esperar de moleques de 16 e 18 anos tocando Punk Rock numa garagem fedida de suor? Música cheia de energia, cheia de furor, cheia de rebeldia sem causa e... Ops! Sem causa, não! Se tem um campo em que o Bad Religion pode se orgulhar de se destacar é por fazer letras contundentes e absolutamente conscientes do mundo à sua volta! Na idade em que estavam e do meio em que vieram, eles podiam tranquilamente fazer as 6 músicas de seu EP de estreia sobre como xavecar a líder de torcida bonitinha, ou sobre como o sol da Califórnia brilha bonito no corpo da universitária, mas eles, punks que eram, escolheram falar de temas como “religião”, “política”, “governantes inúteis”, “stress”, “suicídio por descrença na sociedade” e “guerras”, e de uma maneira que deixaria seus pais chocados com tamanha noção da realidade cruel em que vivem e pela maneira que a descrevem nas letras. O lado A, abre com a homônima “BadReligion”, que ataca as religiões, as comparando com uma fábrica, onde tudo funciona precisamente para manter os funcionários/fieis alienados e na linha. O riff de abertura de Brett Gurewitz é marcante, mas a música se perde numa confusão cromática que desenvolve até chegar no refrão e fica estranha. Nessa época, a banda ainda não havia desenvolvido sua capacidade de passear nas melodias pops e, além disso, o vocalista Greg Graffin ainda estava com sua “voz de adolescente de 16 anos em desenvolvimento” e berrava de maneira bem esganiçada...




O play segue com o hardcore “Politics”, com a banda atacando os governos e chamando o presidente de “idiota” (jerk). Depois o “alvo” da fúria dos jovens da “má religião” é o stress, com a crítica e alegrinha “Sensory Overload”, onde reclamam por estarem com seus sentidos sobrecarregados de tanta estupidez da sociedade. O lado B abre com a mira apontada novamente para os políticos, com a pogante “Slaves”, marcada pelo baixo de Jay Bentley e pela batida mais “ramônica” do então batera, Jay Ziskrout. Depois o clima fica bem pesado com a tensa e lenta “Drastic Actions”, onde Graffin relata uma cruel realidade com um crescente número de suicídios por descrença na sociedade. Pra fechar, eles pisam novamente no acelerador, com a hardcore de 54 segundos “World War III”, onde já previam, em 1981, que o imperialistmo americano os levaria a mais guerras sem sentido. Assim como ficou costumeiro no decorrer da discografia do Bad Religion, a composição das faixas é divida entre Graffin e Mr. Brett. Apesar de que neste EP as músicas pareçam muito entre si, o estilo de composição de Graffin é mais “nerd” e “preciso”, o que contrasta legal com a “arte musical abstrata” que Brett costuma arriscar, enriquecendo bastante o catálogo da banda. Como era o primeiro EP, e por ter sido gravado no Studio 9, um pequeno estúdio de demos alocado no andar de cima de uma farmácia, o “Bad Religion - EP” é aconselhado apenas àqueles já acostumados com aquele Punk Rock sujão, que beira o hardcore, sem muito peso, firula ou produção, onde o que vale mesmo é a mensagem que está sendo passada. Esse ainda não é o Bad Religion fazendo o som pelo qual ele ficou conhecido e se tornou referência. Era apenas a estreia de mais uma banda de Punk Rock tocando bem rápido, no fervilhante cenário hardcore americano do início dos Anos 80. De qualquer modo, a sementinha plantada nesse cenário germinou muito bem no futuro, como iremos ver...

FONTE: http://discoadisco.blogspot.com.br/2014/09/bad-religion-discografia.html

BAD RELIGION

Formado em 1979, em Los Angeles, Califórnia, pelo vocalista Greg Graffin e pelo guitarrista Brett Gurewitz, o Bad Religion foi uma das bandas mais influentes (senão a mais influente) do que pode ser chamado de “2º revival do Punk Rock”, quando o Green Day e o The Offspring estouraram nas paradas americanas em 1994, bem naquele momento em que a indústria musical e os fãs de músicas rápida e energética clamavam por algo para lavar a alma após a trágica morte de Kurt Cobain, que, por consequência, matou (comercialmente) o que era chamado de “Grunge”... Poucos sabem, mas a banda que fomentou a maior parte dessa cena de onde vieram as bandas de Billie Joe e Dexter Holland foi o Bad Religion.

FONTE