A dor habita cada instante do terceiro registro em estúdio do quarteto inglês. Menos “político” e raivoso que o antecessor Meat Is Murder (1985), The Queen Is Dead parece concentrar tudo o que o grupo havia testado desde o debut em 1984: um ambiente à meia luz que cresce de acordo com as melancolias e confissões amargas de Morrissey. Se por um lado os vocais sombrios e a sonoridade abafada construída por Johnny Marr servserviram para dar vida a clássicos como There Is A Light That Never Goes Out e I Know It’s Over, por outro lado o uso exato de guitarras pop e o encaixe brando dos temas possibilitaram o crescimento de novas tendências dentro do registro.
Caso de The Boy With The Thorn In His Side (uma das composições mais copiadas no rock indie da década de 1990) e a inteligente Frankly Mr Shankly, uma crítica bem humorada ao dono da Rough Trade (gravadora da banda), Geoff Travis. Longe dos exageros e cores neon que predominavam na música da época, com o terceiro álbum os Smiths assumem um direcionamento ainda mais sóbrio do que o testado nos primeiros discos. Cada faixa parece abastecer o que será utilizado na composição seguinte, resultando em um composto musical de forte proximidade, porém, de nítidas especificidades e marcas sonoras.
Enquanto Bigmouth Strikes Again (com uma letra que ataca a imprensa britânica) lida com um peso maior nas guitarras, a bem humorada Vicar In A Tutu reforça a incorporação da música de raíz, preferência posteriormente aprimorada em Strangeways, Here We Come (1987). Tão atual quanto na época do lançamento, The Queen is Dead é ainda hoje a maior obra já lançada pelo grupo, além de ser uma dos registros mais influentes de toda a história da música. Sombrio e “preditivo” – vide a teoria que Morrissey teria anunciado a morte da Princesa Diana anos antes -, o disco marca o ápice da produção inglesa nos anos 1980, sendo o princípio da invasão britânica que tomaria conta do mundo logo no início da década seguinte.
Caso de The Boy With The Thorn In His Side (uma das composições mais copiadas no rock indie da década de 1990) e a inteligente Frankly Mr Shankly, uma crítica bem humorada ao dono da Rough Trade (gravadora da banda), Geoff Travis. Longe dos exageros e cores neon que predominavam na música da época, com o terceiro álbum os Smiths assumem um direcionamento ainda mais sóbrio do que o testado nos primeiros discos. Cada faixa parece abastecer o que será utilizado na composição seguinte, resultando em um composto musical de forte proximidade, porém, de nítidas especificidades e marcas sonoras.
Enquanto Bigmouth Strikes Again (com uma letra que ataca a imprensa britânica) lida com um peso maior nas guitarras, a bem humorada Vicar In A Tutu reforça a incorporação da música de raíz, preferência posteriormente aprimorada em Strangeways, Here We Come (1987). Tão atual quanto na época do lançamento, The Queen is Dead é ainda hoje a maior obra já lançada pelo grupo, além de ser uma dos registros mais influentes de toda a história da música. Sombrio e “preditivo” – vide a teoria que Morrissey teria anunciado a morte da Princesa Diana anos antes -, o disco marca o ápice da produção inglesa nos anos 1980, sendo o princípio da invasão britânica que tomaria conta do mundo logo no início da década seguinte.
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