terça-feira, 2 de janeiro de 2018

1985 - Meat is Murder

Pra iniciar 2018 naquela vibe, vamos com o segundo disco de estúdio de The Smiths:

Depois de um número impressionante de shows no circuito independente e vários singles lançados, os Smiths pareciam finalmente ter superado sua inexperiência inicial e isso se refletiu em Meat is Murder, segundo disco lançado em fevereiro de 1985. Mostrando uma maior criatividade musical e trabalhando com temáticas mais politizadas do que na estreia – há desde críticas à monarquia inglesa em Nowhere fast até canções em prol dos direitos dos animais como a faixa título -, o disco apresenta maior ecletismo musical da banda, experimentando novas sonoridades e estruturas em suas canções. Foi também o momento no qual a banda passou a soar mais coletiva, apresentando performances inspiradas de cada um de seus integrantes. 

O disco abre com a poderosa The Headmaster ritual segundo o próprio Marr, uma das faixas que a banda mais levou tempo para finalizar. Aparecem referências de Rockabilly em Rusholme Ruffians além do rock enérgico de What She said com um bom desempenho do baterista Mike Joyce. Há uma levada de funk na contagiante Barbarism Begins at Home na qual o baixista Andy Rourke é responsável por um dos grandes momentos do disco. That joke isn’t funny Anymore uma das mais belas canções já gravadas pelo grupo apresenta diversas camadas sonoras e guitarras sobrepostas à violões criando uma verdadeira parede sonora. A produção da faixa parece algo à frente de seu tempo, e sem dúvida, inspirou uma verdadeira escola de outras bandas que viriam nos anos seguintes.


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